domingo, 14 de março de 2021

Reunião do dia 20/1/2021


O encontro do dia 20/1/2021 foi o nosso último antes do recesso do período excepcional, retornaremos no dia 24/2/2021.

     A reunião foi riquíssima em conteúdo e aprendizado. Iniciamos com os coordenadores impulsionando reflexões sobre o que é a escola e como há diversos olhares e ângulos que mudam as respostas dessa pergunta. Pensando nisso, precisamos nos manter atentos a esses diferentes jeitos de enxergar a escola, para que assim possamos criar estratégias que a torne um ambiente amistoso para os que frequentam.

     Voltamos também a discutir alguns temas que já foram propostas, como os tipos de letramentos e suas articulações em sala de aula. Julgo importantíssimo esse tipo de discussão, principalmente num projeto que engloba alunos do primeiro ao quarto período, pois ainda não temos plena visão de sala de aula, alguns têm referência de escola apenas como aluno. Assim, se não somos expostos a reflexões como essas – sobre conceito de língua, formas de ensino e aprendizagem, corremos o risco de perpetuar o atual e problemático ensino da língua portuguesa.

     À luz dessa motivação, os coordenadores deram uma aula acerca de letramento e muito se bateu na tecla da necessidade de problematizar as formas genéricas de formação. Carlos Alberto Faraco, professor linguista, nos diz que toda língua é heterogênea, ou seja, não há um padrão estabelecido, a língua é constantemente moldada através das relações sociais, por isso, ensinar língua portuguesa é um ato político e o sistema educacional deve tomar essa consciência urgente, pois a educação tem pressa.

     À luz dessas reflexões, podemos pensar concretamente em nossas próprias conversas, e analisar que não nos preocupamos primordialmente com a forma e sim com a efetivação da comunicação estabelecida, dessa forma, podemos nos questionar: por que a escola não se preocupa com as relações de socialização do aluno e sim, única e exclusivamente com a forma padrão da língua?

     É nesse sentido que ensinar é um ato político, pois é crucial que haja esse movimento de alteridade com os alunos, tentar movimentar-se para o lugar dos mesmos e entender suas necessidades com a língua e ensiná-la da melhor forma, para que saibam como usá-la para que tenham êxito em suas vidas pessoais, para além das paredes da escola. Tal atitude de sair do seu lugar ao encontro do outro é acobertada pela etnografia, que diz respeito ao estudo descritivo de outros povos.

     Tivemos uma pequena introdução à etnografia na reunião de hoje, e para que possamos entender melhor como é o seu funcionamento, iremos, durante o recesso, executar uma atividade chamada “O encontro com o outro”, que irá consistir em assistir ao filme brasileiro Xingu(2011) e captar através dos recursos semióticos um encontro com o diferente, um primeiro contato entre culturas e refletir sobre. Logo mais tratei minha atividade.

Pibeijos!


P.s: finalmente escolhi qual resenha trarei aqui, lerei A elegância do ouriço de Muriel Barbery e estou ansiosa para falar sobre.


 

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